segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Olímpico de Vila Velha

Nome: Olímpico Esporte Clube
Fundação: 15 de janeiro de 1964
Local: Bairro Centro de Vila Velha, Vila Velha



 Olímpico Esporte Clube foi fundado em 15 de janeiro de 1964  no Bairro Centro de Vila Velha, era um clube de festas que também possuiu uma equipe de futebol amadora que disputava competições e amistosos na várzea, não confundir com outro Olímpico de Vila Velha fundado em 1947. 

É mais um daqueles times que por não ter disputado profissional não vai ser encontrado quase nada, mas neste pequeno quebra cabeça já montamos cores, escudo e uniforme para guardar para eternizar mais um clube desconhecido do futebol capixaba via Memória Futebol Capixaba. 



Documento de 1973 autorizando a doação do terreno para o Olímpico EC



Local onde era a sede do Olímpico Esporte Clube, localizada na Rua Antônio Ataide Bairro Centro de Vila Velha





Os bailes e festas no Gardênia e na sede do Olímpico marcaram gerações 

Gardênia Azul
Na rua 23 de Maio, esquina com Luciano das Neves, estava localizado o Bar e Restaurante Gardênia Azul, de propriedade de Cloris Ferreira Corrêa e José Luiz de Freitas. Exploravam a vida boêmia da cidade com profissionalismo. O Gardênia Azul funcionava até altas horas da noite, principalmente nos fins de semana. 
Clube Olímpico
O Gardênia Azul, sendo um bar e restaurante bem montado àquele tempo, bem asseado, com mesas de pés de ferro e tampo de mármore, e onde as refeições eram feitas em reservado próprio, era ponto de referência para os encontros noturnos. De animado passava a animadíssimo quando a sede social do Clube Olímpico, que funcionava em cima do mesmo bar, promovia noites dançantes ao som de orquestras, que entrava pela madrugada adentro.

Muitos frequentavam simultaneamente o Gardênia Azul e o Olímpico. Dentre eles, com grata a saudosa recordação, lembremo-nos do amigo Luiz Fernando Rodrigues. Elegante dançarino, bem apessoado, sabia conduzir uma dama pelos quatros santos do salão, e Carminha com quem se casou que o diga. Era um dos que, como nos, frequentavam o bar durante os intervalos de descanso da orquestra. Atleta halterofilista, ele exibia seu físico na Praia da Costa com José Felipe, João Cruz e outros. Enquanto esteve nas lides forenses, destacou-se com petições bem elaboradas, pena não tenha prosseguido a carreira. Através de concurso público veio mais tarde a ocupar cargo de inspetor fiscal do Trabalho. Apostavam ele e José Luiz de Freitas, amigos de longa data, sobre qual deles assistiria a virada do século. O assunto terminava com um rindo do outro, mas no fundo eles queriam estar juntos quando isso acontecesse, mas ambos perderam a aposta e ganhou-a a adversidade.
Temos Átila Botelho de Freitas e seu irmão Heráclito (Nenê), Carino Duarte de Freitas Filho (Pingo) e os seus irmãos César e Tetete, Roberto Duarte e Cassiano, Alegal (já falecido), João Cruz (um atleta até hoje), Douglas Queiroz e seu irmão Djalma.
Com Djalma desfilávamos nos blocos de sujo do Carnaval de Vila Velha, seguindo mais tarde, de bonde, até Vitória. Como uma coisa puxa outra, lembramos também de dono Neneca, mãe desses nossos amigos, e que nas ocasiões dos festejos de Momo nos acolhia com paciência e atenção maternais. A sua casa era o ponto de apoio para as nossas saídas extravagantes, porém divertidas.
Não podemos esquecer também do elegante Ari Brás de Barros. Aloísio de Freitas (Aloisinho), sempre sorridente, comunicativo e atencioso. Atenção que certa ocasião nos custou um penoso preço, pois por causa dela tivemos que acompanhar três moças de Cachoeiro de Itapemirim até Argolas, à casa de parentes que estavam hospedadas. É que um primo que as tinha levado à domingueira do Olímpico não voltou a tempo para apanhá-las como tinha prometido. Aloísio e eu, pegando com elas o bonde das onze horas, saltamos em Paul sob o viaduto, subimos a ladeira até o alto de Argolas, local em que as deixamos. Para nossa decepção, na volta, ao chegarmos a Paul, sob o viaduto, notamos que o último bonde já estava descendo para Vila Batista, rumo a Vila Velha. O jeito foi caminhar pela noite a dentro, com a lua minguante aparecendo e desaparecendo em meio às nuvens, ora entre trilhos e dormentes, ora à margem da linha, até chegar a Vila Velha.
David Queiroz, o espirituoso e engraçado David, filho do casal Otávio Queiroz e dono Neneca, dava uma risada estridente e inimitável. Onde quer que estivesse – bonde, barca, cinema, clubes, bares ou ruas – , sua risada denunciava sua presença alegre e entendiam o seu espírito. Mas também sabia ser sério e bem comportado quando a ocasião isso exigia. Assim, em certa ocasião idealizaram uma comunhão de homens que se realizaria na Igreja do Rosário, na qual deveriam tomar parte principalmente os jovens. Concitados, como tantos outros, comparecemos à cerimônia. David era, sem dúvida, o mais compenetrado, fervoroso e contrito dos pecadores na preparação para receber a hóstia consagrada. Enquanto todos na fila estavam mãos abanando, carregando na mente os pecados que confessariam ao padre, David, na mesma fila, tinha o olhar fixo ao confessionário e carregava, não um catecismo, mas uma Bíblia que ora abria e La para si, ora fechava  e carregava embaixo do braço. E assim, como confitente, chegou até o confessor e colocou a Bíblia cuidadosa e respeitosamente no chão, ao seu lado, para que pudesse persignar-se. Os seus murmúrios junto ao sacerdote não demoraram muito, e ele recebeu a penitência, levantando-se, pegou a Bíblia e lá se foi como bom cristão e católico cumprir a penitência que lhe fora passada. O livro santo não mais foi aberto e David estava assim preparado para a comunhão do dia seguinte.
Também compareciam ao Olímpico Ely Machado Ribeiro, o Nonô, que, apesar de aqui ter uma legião de admiradoras, interessava-se mais pelos clubes de Vitória, como o Saldanha da Gama e o Álvares. Walner e o seu irmão Walcílio Botelho, sendo este último um excelente companheiro e amigo com quem trabalhamos lado a lado, ele na Prefeitura e nós na Câmara Municipal. Era uma pessoa muito determinada e tornou-se funcionário do Banco do Brasil, estando aposentado atualmente. Alberto Carlos de Queiroz, o Betinho, de vereador chegou a presidência da Câmara Municipal de Vila Velha.
Antônio Carlos Cavezan Barcellos, respeitado advogado, era também um de seus frequentadores, assim como Luiz Carlos Bernardes da Silveira. Lulu, como era conhecido, além de amigo e companheiro de infância, nos acompanhou durante a vida escolar e adolescência participando também de nossa vida adulta. Foi um forte, na expressão da palavra. Destemido, nunca rejeitou parada, sendo por isso respeitado. Motorista instruído e com espírito aventureiro, dirigia o seu próprio caminhão  e com ele viajou por esse Brasil afora para depois se aquietar-se, exercendo com competência e respeitabilidade o cargo de fiscal de rendas deste Estado, falecendo repentinamente antes da aposentadoria.
José Felipe da Silva é irmão do saudoso Dominguinho. Com ele e Oswaldo Novaes, ambos ainda vivos, por um bom período de nossas vidas percorremos Vila Velha. Quebrando a rotina da Praia da Costa, de caíque a remo fazíamos a travessia do canal que demanda a baía de Vitória, para aportar na então famosa Praia do Canto, misturando-nos aos seus frequentadores. Mais tarde fizemos esse mesmo percurso no veleiro do Dominguinho acompanhado do amigo Gilberto Barros Faria. Experimentamos a dificuldade dos velejadores no troca-troca de um lado para outro nas bordas da embarcação, numa constante mudança de posição das velas, ao sabor do vento e da direção forçada do leme.

Trechos retirados do Livro: Ecos de Vila Velha, 2001
Autor: José Anchieta de Setúbal
Compilação: Walter de Aguiar Filho, fev/2011

Trio em 1954








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domingo, 14 de janeiro de 2024

Cruz de Ouro da Serra

Nome: Associação Cruz de Ouro
Fundação: 14 de janeiro de 2002
Local: Bairro Jardim Tropical, Serra


Desenho do escudo com projeto



Primeiro modelo da equipe



Associação Cruz de Ouro é uma equipe de futebol amador 
fundada em  14 de janeiro de 2002 em Jardim Tropical, Serra, possui título de Campeão Serrano 2014  e Campeão Copa Verão 2019 como destaque de conquistas, já disputou o Campeonato Capixaba amador Interligas em 2015, 2017 e 2022.
Em 2015 sua estreia foi com emoção, encarando Ajax de Jardim Botânica(Cariacica) empate em 3x3 em Jardim Tropical, segunda rodada também em casa desaa vez time tropeçou, perdendo por 2x0 para o Botafogo de Vila Nova(São Mateus), sua primeira vitória foi como visitante, 3x0 sobre forte Barrense em Vila Velha que inclusive era o atual vice campeão da Interligas. No returno empate em Jardim Botânico com Ajax em 1x1, novo empate agora em 2x2 com Botafogo em São Mateus, e fechou vencendo Barrense na Serra por 2x1, com isso o Cruz de Ouro logo em sua primeira Interligas  já conquistava vaga para segunda fase liderando sua chave.
Mas no mata mata das quartas de final a inexperiência cobrou seu preço, na partida de ida no Campo do Quarteirão em Rio Novo do Sul a derrota por 3x0 para Vig-Serg acabou deixando a volta muito difícil, precisando golear o Cruz de Ouro precisou se expor muito e acabou perdendo por 2x1 dando adeus a competição, mas seu adversário não era qualquer equipe, Vig-Serg era o atual campeão da Interligas e foi o vice campeão nesta edição de 2015. 

Em 2017 o pontapé inicial foi em Fundão diante do Comercial com derrota por 2x1, depois vieram duas partidas em Manoel Plaza na Serra, vitória contra Barrense por 3x1  , já contra Guarapari derrota por 2x1, contra Ajax em Jardim Botânico a sua pior partida na competição, causando uma derrota por 5x1, o desempenho não era ada parecido com o ano anterior, já pelo returno derrotas por 2x0 para Guarapari, 1x0 para Ajax, a crise era tão grande que Cruz de Ouro perdeu a partida para Barrense por W.O placar de 3x0 por não comparecimento, curioso que sua despedida também foi com um W.O, agora a seu favor já que o Comercial de Fundão não compareceu a partida por já não ter mais chance de classificação.
Em 2022 a estreia com derrota por 5x0 para 7 de Setembro em casa causou péssima impressão sendo esta sim a sua pior derrota na competição. Fora de casa ficou no 1x1 com Santa Cruz em Cariacica, nos confrontos caseiros contra equipes da Serra derrotou Real Vila por 1x0 e Colina por 1x0, empatou com Furacão Independente em Cariacica por 2x2 e com União de Piranema em 1x1, na penúltima rodada em confronto direto pela vaga contra Parma outro time serrano, Cruz de Ouro venceu por 2x1 na Arena Jatão e ficou muito perto da vaga que foi confirmada na vitória por 3x2 sobre Democrata em São Conrado(Cariacica).
Nas quartas de final o Cruz de Ouro que terminou em 3º encarou o Furacão Independente 6º colocado, a vitória por 1x0 na partida de volta não foi o suficiente para reverter a ida quando perdeu por 3x1 dando adeus a competição, mas novamente Cruz de Ouro caia pra um finalista, Furacão foi vice ao perder nos pênaltis para Santa Cruz.



Equipe em 2020 no Campeonato Serrano


Cruz de Ouro na Interligas 2022