segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Ginásio São Vicente de Paulo Futebol Clube

Nome : Associação Esportiva Ginásio São Vicente de Paulo 
Fundação : 05 de setembro de  1913
Local : Vitória


O escudo totalmente inspirado no do brasão do colégio



Este modelo também  foi utilizado pelo Ginásio, durante um 7 de setembro, onde ocorreram apresentações esportivas e literárias é que encontramos ele.




O time de futebol Associação Esportiva Ginásio São Vicente de Paulo  teve origem através dos alunos do Ginásio(Gymnasio) São Vicente de Paulo, escola muito tradicional no Espírito Santo entre as décadas de 10 e 40, por isso antes de falara do futebol primeiro vamos conhecer a história de um dos colégios mais antigos do Espírito Santo. 
O Ginásio São Vicente de Paulo foi fundado 05 de setembro em 1913 pelos irmãos Aristóbulo, Kosciuszko e Miguel Barbosa Leão. A Escola São Vicente de Paulo foi a primeira escola particular instalada na capital. Os irmãos ocupavam respectivamente as funções de diretor, vice-diretor e secretário. Após a morte prematura de Miguel, em 14 de dezembro de 1918, o ginásio passa a ter à frente da instituição os dois irmãos.
Em 1952, Kosciuszko Barbosa Leão afastou-se da direção da unidade para fundar e presidir a Academia Brasileira de Letras, vindo a falecer em 20 de maio de 1979.
Após atravessar as duas grandes guerras mundiais e problemas para a aquisição de uma sede definitiva para instalação do ginásio, o professor Aristóbulo desabafou em uma carta ao então prefeito de Vitória Crisógono Teixeira da Cruz: "Afinal, meu objetivo, nesse momento de minha vida, é garantir a sobrevivência deste colégio. Vivi para ele durante toda a minha vida e desejo continuar a viver para ele depois de minha morte. E o melhor meio de assegurar essa sobrevivência será transferi-lo a uma entidade de existência indeterminada [sic]."
Prédio onde era antigo Ginásio


Em 26 de julho de 1971, todo acervo do estabelecimento de ensino, correspondência e objetos pessoais foram doados pelo professor Aristóbulo Barbosa Leão à Prefeitura de Vitória, tornando-se Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) São Vicente de Paulo. Aristóbulo permaneceu como diretor até a sua morte, em 28 de abril de 1974. A escola ocupou por 93 anos a casa do governador Muniz Freire e, em 2006, devido a problemas estruturais, a escola foi transferida para o antigo Colégio do Carmo, onde se encontra até a presente data. Hoje já centenária desde a década de 1910, esta escola vem sendo fonte de conhecimento, produtora de valores culturais e históricos e formadora de cidadãos.
Localização atual é no antigo Largo de Santa Luzia, na rua Muniz Freire, nº 133, Cidade Alta.
Arquitetura é de linhas simples do final do século XIX. Foi construído seguindo os padrões da arquitetura eclética para ser residência familiar. Seu mais ilustre morador foi José de Melo Carvalho Muniz Freire, que governou o Estado duas vezes, de 1892 a 1896 e de 1900 a 1904.
Em 1913, a construção passou a abrigar o Externato São Vicente de Paulo. No ano seguinte, o estabelecimento de ensino foi reorganizado e designado Ginásio São Vicente de Paulo. O ginásio funcionou também como internato, escola de instrução militar e, mais tarde, com ensino secundário e curso de formação de professores, tendo sido equiparado à Escola Normal Pedro II em 1924 por decreto do governo do estado.

Imagem do Cartão comemorativo do Cinquentenário


Agora em relação ao futebol, o "Gymnásio" fez o que se era proposto pelos seus fundadores, uma forma de lazer e até mesmo união entre os alunos pois eram sua peça chave. A equipe não disputou competições oficiais ficando apenas em jogos amistosos ou torneios menores. 
Em relação ao seu nome oficial ocorreram algumas mudanças durante os anos. Associação Atlética Ginásio São Vicente de Paulo, Associação Esportiva Ginásio São Vicente de Paulo e Ginásio São Vicente de Paulo Futebol Clube.



Seu grande rival era a UAGES (União Atlética Ginasial do Espírito Santo), isso era principalmente devido o rival, ser uma agremiação resultante da criação dos alunos do Ginásio Espírito Santo, outro colégio muito tradicional no estado. Era uma rivalidade sadia sem exageros de ambas as partes.

Em 1926 Ginásio e Bangu de Vitória protagonizaram uma polêmica, tudo começou e
m 19 de janeiro quando sai a seguinte matéria no Jornal Diário da Manhã...
A Diaro Sportivo
A TURMA DO GYMNASIO CONSEGUINDO ABATER O QUADRO DO BANGU, LEVANTOU ANTE HONTEM A TAÇA "OLINDO SALLES"
Os dos fortes rivaes, que são esquadros do Gymnasio do E. Santo e do Bangu F.C., empenharam-se ante hontem, no campo de Jucutuquara, um renhido encontro, em disputa da taça "Orlindo Salles", instituida pela diretoria do clube tricolor.
O prélio foi bem disputado, apenas do ponto de vista do ardos com que se bateram os contendores.
Quanto à parte technica, falhou bastante.
o Bangu entrou em campo em campo desfalcado do seu extrema-direita, Misinho e da sua optima parelha de zagueiros, composta de Americo e Octavio.
As substituições não corresponderam à expectativa, e isso deu em resultado de sido o jogo feito se aquella technica especial que distingue a disciplina tricolor.
Apesar disso, porém. o Bangu não foi dominado, tendo mesmo conseguido manter o jogo, durante todo os dois tempos, em movimento ou no campo adversário.
Após o jogo dos segundos quadros, que não teve importância e terminou por um empate em dois a dois, entrou e campo sob as ordens do sr. João Carvalhinho, do Vcitoroa F.C., os quadros emmbatentes, assim constituidos:
Gymnasio - Baby, Raul, Sylvio, Jayme, Luiz, Monteiro, Oziris, Alfredo, Pericles, Daniel e Muniz.
Bangu  - Dacilio, Moreira, Amaro, Teles, Guy, Paulo, Moreira, Amaro, Theo. Didimo, Milton e Fernando.
No primeiro tempo, o Bangu teve a inciativa de quasi todos os ataques que se registraram na phase, estabelecendo uma situação de certo domínio.
Contudo, a defesa do Gymnasio trabalhava bastante e a linha de vez em quando conseguia chegar aos extremo do campo contrário. 
Coube ao Bangu abrir a contagem d atarde, por intermédio de Milton, que marcou um bellissimo tento.
Ainda o segundo ponto foi marcado pelo Bangu, por intermédio de Didimo.
Após o feio o centro avante tricolor, o Gymnasio reagiu, organizando alguns ataques firmes, de um dos quaes resultou um ponto, conquistado por Muniz. E com o resultado de 2 x 1, a favor do Bangu, terminou o primeiro tempo.
Na segunda parte do jogo, o Gymnasio melhorou mais o seu jogo, tendo Periclhes logo a principio augmetado contagem para os seus companheiros, marcando ponto em uma bella cabeçada.
Estava empatada a partida. Os do Bangu, reagiram e num dos ataques conseguiram vasa novamente o posto confiado a Baby.
A esse feito tricolores, respondeu a linha dianteira do Gymnasio com cerrado ataque ao posto de Dacilio, tendo Daniel marcado um ponto, cuja validade foi discutida, mas que o juiz confirmou, ficando novamente empata a pugna.
Quasi no final, a linha do Gymnasio, numa entrada assegurou a victória do seu quadro marcando o quarto ponto.
E com o resultado de 4 x 3, favorável ao Gymnasio, terminou o encontro de domingo.
-O juiz, sr. Carvalhinho não esteve feliz nas suas decisões.
No dia 27 de janeiro de 1926 o Bangu enviou o seguinte ofício ao Jornal Diário da Manhã.
"Exmo. sr redactor-chefe do "Diario da Manhã". Presente - Em referencia a uma queixa hontem inserida nesse conceituado jornal, feita pelo Gymnasio do Espírito Santo contra este club, rogo a v. ex. a prublicação da seguinte declação: 
Tendo estas directoria surprehendida com a reclamação de um dos jogadores do Gymnasio do Espírito Santo, de que o Bangu F.C. tinha se recusado a entregar a taça "Orlindo Salles" que não dizer delle, aquella escola a havia conquistado no jogo do dia 17 deste mez, esta mesma directoria faz seiente de que a dita taça já foi disputada desde o dis 3 do corrente, quando nosso quadroabateu pelo score de 4 x 2 a esquadra representativa daquelle estabelecimento, apezar da mesma se achar reforçada  de elementos como Pericles, Luiz Aguiar, Adjalma e Monteiro, estes do Victória F.C. 
Ao terminar o jogo referido acima, os jogadores do Gymnasio protextaram que estava, desfalcados e pediram uma "revanche" qie fi aceita, para o dia 10, havendo ais uma vez empate. 
No sabbado dia 16, âs 13 horas o Bangu F.C. recebeu convite do Gymnasio para um jogo no dia immediato, e no dia convite não citava a disputa da taça, por elle reconhecer um caso liquidado e jamais esta Directoria aceitaria nova disputa da mesma.
Nesse encontro, maravilhosamente ajudado pela sorte, e tendo o Bangu entrado desfalcado de suas excellente parelha de backs, o Gymnasio conseguir sahir vencedor pelo score de 4 x 3,  na terça feira, por esse brilhante jornal veio a notícia da conquista da referida taça por elle, facto este deixou esta Directoria asszmente surrpesa.
Este club não tem nenhuma animosidade contra o Gymnasio do Espírito Santo F.C, considerando-o um leal e valente adversário, e para justificar melhormente este coinceito que faz, tornaa collocar a taça em disputa, em que os quadros de ambos os Clubs estejam devidamente preparados e completos, e ficando na expectativa de que o Gymnasio do Espírito Santo F.C. se digne de marcar o dia do encontro.
eis, pois relatada toda a história, em seus promenores a seguinte communicaçao:
Victória, 27 de janeiro de 1926
                            A Directoria".
O final da história? a taça acabou ficando com Ginásio

Em 1936 o Ginásio conquistou uma taça muito comemorada, disputada no Governador Bley, o torneio estudantil fechou o ano escolar com chave de outo para Vicente de Paulo.
Na 1ª partida Escola de Commercio derrotou Correios e Telegraphos por 1x0.
2º jogo Gymnasio venceu por 2x0 a Faculdade de Direito.
3º jogo tivemos Escola Normal derrotando Escola de Commercio como ninguém marcou gol, venceu a Escola Normal por 1 corner a zero.
4º jogo e final Gymnasio conquistou a taça ao derrotar Escoa Normal por 2x1! 

Aqui registro de 19/07/1945 do clássico dos Ginásios





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