Estádio José Valentim Lopes em dia de campeonato municipal |
Nacional Beira Rio Esporte Clube é um time de futebol de Atílio Vivácqua fundado em 27 de julho de 1973 pelo Sr. Aristeu Teixeira Taliuli, presidente do clube com mais tempo de atividade.
Antes da fundação em 1973, o clube já possuía um time embrião, mas não possuía nome nem campo definido para disputar seus jogos. O Nacional ganhou vida quando Aristeu Teixeira Taliuli e José Valentim Lopes tomaram frente, José Valentim fez a doação do terreno para ser construído o estádio do clube, que foi nomeado de Estádio José Valentim Lopes situado no Bairro Niterói, à beira do Rio Muqui, de onde surgiu a inspiração do nome de Nacional Beira Rio. Aristeu Taliuli foi outro a receber homenagem, a arquibancada do estádio leva seu nome.
Em 1991 o Nacional conquista seu maior título, mesmo sem vencer nenhum campeonato municipal conquista o tradicional Campeonato Sulino de Futebol, sendo disputado com vários times do Sul do estado do Espírito Santo inclusive profissionais. O título veio após final diante do Anchieta no Estádio Joaquim Ramalhete, o autor do gol histórico foi Jean Elias zagueiro de falta, placar final 1x0 Nacional campeão do Campeonato Sulino de 1991! O lema "Odiado por muitos respeitado por todas ganhava força"
Anchieta 0x1 Nacional Beira Rio final do Sulino 1991 |
Arquibancada em homenagem a Aristeu Teixeira Taliuli, presidente de honra do clube |
Vista do belo gramado do José Valentim |
Outros títulos importantes são no torneio anual que comemora o aniversário de Atílio Vivácqua, foi campeão em 2011 aniversário de 47 anos, 2013 aniversário de 49 anos e 2015 aniversário de 51 anos.
A campanha em 2015 o abriu um ano cheio de competições disputadas pelo Nacional, foram 3 competições indo bem em todas elas, foi vice campeão no Campeonato Municipal, 3º lugar no Campeonato Sulino e campeão na Taça 51 anos de Atílio Vivácqua. A campanha começou com vitória por 3x1 sobre Linda Aurora, 1x0 sobre Felipense, perdeu por 2x3 para o Sumidouro, depois não perdeu mais, 1x0 sobre Linda Aurora, 2x0 Felipense, 2x1 Sumidouro, 2x0 pra Praça do Oriente e o título veio de forma inesquecível com grande goleada por 5x1 no grande rival Felipense.
Uma curiosidade sobre o Sulino de 2015 foi que o Nacional retornava ao palco de sua maior conquista 24 anos depois, o Estádio Joaquim Ramalhete para encarar o Anchieta na reedição do Sulino de 1991, e saiu na frente mas desta vez o Anchieta teve mais competência e virou a partida para 2x1 vencendo a peleja aproveitando que o Nacional jogava com um a menos após expulsão de Branco.
A rivalidade Nacional Beira Rio x Felipense tem uma passagem que mostra o quanto a rivalidade é grande. A seguir um relato do Doutor Marcio Sobreira. "Já estava morando há uns dois anos em Atílio Vivácqua, quando resolvi encabeçar uma campanha para arrecadar dinheiro para montar uma torre de televisão na cidade, visto que lá pelo final dos anos 70, ainda não tinha parabólicas e o nosso sinal de TV era péssimo. Foi aí que tive a péssima ideia de promover um jogo entre o Felipense e o Nacional Beira Rio, os dois grandes rivais do futebol de Atílio Vivácqua na época. Não foram poucos os conselhos que recebi para não efetuar tal desafio, mas usando meu prestígio de único médico da cidade achei que seria uma boa ideia e toquei a empreitada. Meu amigo Caraca, jogador do Beira Rio era o craque do momento, jogador de rara habilidade mas conhecido também por reclamar de tudo e de todos. Marcado o jogo, contratei um Juiz da Liga de Cachoeiro de Itapemirim para a difícil tarefa de levar o jogo até o final. A expectativa era grande e não se falava em outra coisa na cidade a não ser nesse jogo. Chegou o grande dia, campo do Felipense lotado, as duas torcidas animadas e se provocando, querendo uma parecer maior que a outra e, foi nesse clima que o pior aconteceu, o juiz contratado não apareceu e ninguém tinha coragem para apitar a partida. Alguém deu a infeliz sugestão. "Dr. Marco, porque o Sr. não apita?" Eu? respondi assustado. O senhor que programou o jogo é o único capaz de ser respeitado pelos dois times. Não tive outra escolha e topei a parada não sem antes avisar aos dois times que não toleraria agressões, reclamações e etc, essas coisas que todo juiz fala aos jogadores no inicio das partidas. Todo mundo de acordo, começou o jogo e na primeira falta que marquei, o Caraca reclamou dizendo que eu estava enxergando demais e que não tinha sido nada. Chamei sua atenção e adverti que não aceitaria mais reclamações. O jogo seguia muito disputado quando o Caraca entra sozinho e faz o gol do Nacional Beira Rio, anulado por mim, já que estava numa tremenda banheira. Infeliz decisão a minha, pois o xodó da torcida partiu pra cima de mim, reclamando aos berros, dizendo que eu não servia nem pra ser juiz de briga de galo. Fiz o que tinha que fazer, expulsei o Caraca e o tempo fechou, acho que só não apanhei naquele dia porque imagino que ficaram com medo de precisarem de mim, já que era o único médico do Município. O jogo terminou empatado e fiz uma promessa que nunca mais poria um apito na boca. Promessa cumprida para felicidade de todos."
16 de junho 1974 um dos primeiros capítulos da rivalidade Felipense x Nacional Beira Rio os maiores rivais de Atílio Vivácqua. |
Alguns registros históricos do Nacional Beira Rio
Nacional em 1974 foi até Cabo Frio-RJ onde encarou a equipe da Base Militar da Marinha de São Pedro da Aldeia. |
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