domingo, 30 de abril de 2017

Rio Pardo de Iúna

Nome : Rio Pardo Futebol Clube
Fundação : 30 de abril de 1917
Local : Iúna
Estádio : Municipal Antônio Osório Pereira
Título : Vice Campeão Capixaba Série B 1989






Interior do Estádio Municipal Antônio Osório Pereira
Fundado em 30 de abril de 1917 na Cidade de Iúna temos o Rio Pardo Futebol Clube, o clube que nos anos 90 jogando no Estádio Municipal Antônio Osório Pereira, deixava seus adversários muitas vezes acuados tamanha pressão que fazia, era um adversário duro de ser batido em seus domínios. Maior prova disso foi em 1992 quando na Série C do Brasileiro o clube ficou em 7º lugar sem perder nenhuma partida em casa. 
Iúna-ES uma cidade do interior  localizado a 15 km da Br 262 e a 180 km da capital do estado Vitória. O município tem parte de sua área no Parque Natural Caparaó, embora o Pico da Bandeira (ponto culminante do estado) fique no município de Ibitirama. No município de Iúna fica o Pico do Colosso, com 2 849 metros. O nome do clube é em homenagem ao rio que corta o município
O nome do estádio é em homenagem ao Antônio Osório Pereira o "Paco Macho" que dirigiu a equipe por vários anos como treinador e presidente, amor que passou de pai para filho, pois seus filhos Cassiano, Carlos e Urbano jogaram na equipe rio pardense.
O Estádio que é usado como casa dos clubes Iunenses em suas partidas, seja profissionais ou amadoras com capacidade de até 4,500 pessoas, tem uma historia de grandes jogos, principalmente quando o Rio Pardo foi uma sensação no futebol capixaba, disputou 62 partidas no Antônio Osório, venceu 34, empatou 12 perdeu 16. A maior goleada foi o 6x1 no forte Linhares em 1994.



Estádio onde o Rio Pardo era quase imbatível 

No futebol profissional o Rio Pardo apareceu apenas no fim dos anos 80, em 1989 o Rio Pardo foi vice campeão capixaba da segunda divisão conquistando o direito de jogar a série A pela primeira vez em sua história, o clube Iunense disputou a série A de 1991 até 1997.
Em 1991 uma campanha impressionante, eram 9 equipes jogando em turno e returno com 1º e 2º colocados avançando para semi finais. O Rio Pardo não encontrou dificuldades nesta fase, em 16 jogos foram 10 vitórias e apenas uma derrota, a vaga veio com 3 rodadas de antecedência. A dez vitórias do Rio Pardo na competição, no turno 1x0 Comercial de Alegre, 1x0 Atlético de Jerônimo Monteiro, 2x0 Castelo, 2x0 Ordem e Progresso de Bom Jesus do Norte, no returno 2x1 Muniz Freire, 2x1 Castelo, 2x1 no Estrela do Norte, 2x1 no Atlético de Jerônimo Monteiro, 1x0 Guarapari e 3x1 Alfredo Chaves, com isso o Rio Pardo terminou a 1ª fase líder de sua chave e com a melhor campanha. 
Mas nas semi finais a tradição pesou mais e a equipe acabou caindo diante da Desportiva Ferroviária após duas derrotas ambas  por 2x0, a sequência de 13 jogos sem derrota chegava logo no mata mata encerrando em 3º lugar geral.

Campanha 1991
Muniz Freire 0x0 Rio Pardo 
Rio Pardo 1x0 Comercial 
Estrela do Norte 2x1 Rio Pardo 
Rio Pardo 1x0 Atlético Jerônimo Monteiro 
Guarapari 0x0 Rio Pardo 
Rio Pardo 2x0 Castelo 
Alfredo Chaves 0x0 Rio Pardo 
Rio Pardo 2x0 Ordem e Progresso
Rio Pardo 2x1 Muniz Freire 
Comercial 1x2 Rio Pardo 
Rio Pardo 2x1 Estrela do Norte 
Atlético Jerônimo Monteiro 1x2 Rio Pardo 
Rio Pardo 1x0 Guarapari 
Castelo 1x3 Rio Pardo 
Rio Pardo 1x1 Alfredo Chaves 
Ordem e Progresso 1x1 Rio Pardo

Semi final 
Ida 
Desportiva 2x0 Rio Pardo 

Volta
Rio Pardo 0x2 Desportiva


Uma raridade o Rio Pardo Futebol Clube semi finalista de 1991 no Estádio Sumaré em Cachoeiro de Itapemirim


Em 1992 o grande destaque do Rio Pardo foi na Série C do Brasileiro. 
Na 1ª fase encarou Guará e Tiradentes do DF e Atlético/GO no Grupo 5, apenas o líder avançava e a equipe capixaba foi a grande surpresa, terminando invicta com 2 vitórias e 4 empates, o Rio Pardo chegou com 7 pontos contra 6 do Atlético Goianiense jogava pelo empate para avançar,o time goiano era obrigado a vencer o Rio ardo dentro de Iúna o que não era tarefa nada fácil, resultado final empate em 1x1 que classificou o Rio Pardo que se tornava a sensação da competição. 
Na partida de ida em 10 de maio em Feira de Santana vitória dos baianos por 1×0, na partida de volta em Iúna os capixabas devolveram a derrota, derrotaram os baianos por 1×0 em  17 de maio, mas por ter feito 9 pontos contra 8 do Rio Pardo o Fluminense/BA avançou na competição deixando os capixabas pelo caminho, os baianos seriam vice campeões perdendo para a Tuna-Luso/PA na final. A equipe do Rio Pardo comandada por Jorginho namorador ficou atrás apenas de Tuna Luso/PA, Fluminense/BA, Nacional/AM, Matsubara/PR e Auto Esporte/PB, e empatado com  Operário/PR, equipes bem mais tradicionais e com maior estrutura e investimento.

Campanha na Série C
1ª Rodada
22/03/1992 – Domingo
Guará 1×1 Rio Pardo
2ª Rodada
26/03/1992 – Quinta-feira
Tiradentes 0×1 Rio Pardo
3ª Rodada
29/03/1992 – Domingo
Atlético-GO 1×1 Rio Pardo
4ª Rodada
05/04/1992 – Domingo
Rio Pardo 0×0 Guará
5ª Rodada
09/04/1992 – Quinta-feira
Rio Pardo 2×0 Tiradentes
6ª Rodada
12/04/1992 – Domingo
Rio Pardo 1×1 Atlético-GO

Em 1993 a equipe seguiu dando trabalho não importava o adversário, muitas vezes era um rival forte também fora de casa onde não tinha medo de jogar no ataque, mas em 1994 o Rio Pardo já com a saúde financeira não muito boa lutou contra o rebaixamento, a equipe fez campanha tão abaixo da expectativa que sofreu goleada de 4x0 em pleno Osórião para a Desportiva, a salvação só ocorreu na última rodada quando o Rio Pardo dentro de casa atropelou impiedosamente o Linhares atual campeão estadual (1993) pelo placar de 6x1, em 30 jogos foram apenas 9 vitórias, o Rio Pardo ficou com 23 pontos contra 22 do Vitória rebaixado que perdeu para o Muniz Freire nesta última rodada.

 Em 1995 o Rio Pardo retoma o caminho das vitórias e alcança a vaga na segunda fase após 6 vitórias 5 empates e 5 derrotas, as vitórias foram sobre Alfredo Chaves 1x0, Castelo 1x0, Guarapari 2x1, Rio Branco de Venda Nova 1x0, Muniz Freire 1x0 e 1x0 sobre Estrela do Norte, a classificação só veio na última rodada em confronto direto com próprio Estrela que acabou eliminado, mas  Rio Pardo na fase seguinte teve péssimo desempenho vencendo apenas uma vez, 1x0 sobre Comercial de Alegre. 

Em 1996 o Rio Pardo após 1x0 no Rio Branco de Venda Nova, 1x0 Comercial de Alegre, 2x1 Alfredo Chaves, 2x1 no Muniz Freire, 1x0 sobre Linhares, 2x1 sobre Colatina, 2x1 sobre Rio Branco da capital e 2x1 no Vitória chega ao Quadrangular final.
Nesta fase começou derrotando a Desportiva seu grande algoz por 1x0, empate com Linhares e derrota para o Alfredo Chaves nas rodadas seguintes, na abertura do returno uma vitória contra a Desportiva deixaria a equipe mais viva que  nunca na briga pelo título mas uma derrota praticamente encerraria suas chances de título, e foi justamente o que aconteceu derrota por 2x1 no Araripe, a equipe lutou mas não conseguiu segurar o time que seria o campeão de 96, o Rio Pardo encerrava em 4º lugar no geral deixando outra vez Rio Branco, Vitória, Estrela e São Mateus por exemplo mais tradicionais pelo caminho.

Em 1997 o campeão de cada turno mais os dos mais bem pontuados avançavam de fase,  em sua última campanha na série A o Rio Pardo no geral fica apenas em 9º lugar entre 12 equipes, a saúde financeira do clube já era ruim, agravada pelos contratos principalmente com jogadores mineiros e cariocas que vinha para jogar pouco tempo.
A primeira vitória veio apenas na 5ª partida 2x0 sobre Muniz Freire, depois vieram seguidas 1x0 sobre Vitória e 2x0 sobre capixaba de Guaçuí, a 8ª posição no returno não foi nem de perto campanha para avançar. No returno até o Comercial de Alegre grande freguês tirou casquinha vencendo por 2x0, a rodada seguinte de novo a Desportiva pela frente, e derrota por 3x0, mas o pior estava por vir, derrota por 5x0 para o Estrela em Cachoeiro, a vitória contra o Muniz Freire por 1x0 foi até vista com surpresa, as últimas vitórias do Rio Pardo na Série A foram sobre Rio Brancos, a penúltima 3x1 sobre o Rio Branco de Venda Nova em casa e a última ocorreu em 24 de maio no Kleber Andrade 1x0 sobre o Rio Branco da capital, o Rio Pardo jogou mais duas vezes se despedindo da Série A com derrotas para São Mateus e Aracruz.

Em 1998 o clube fechou as portas para o futebol profissional. Desde então o máximo que participa são competições amadoras como a Copa Café em 2011 disputada por equipes capixabas e mineiras.


Registro do Rio Pardo em ação na década de 50 


Sem este tipo de ajuda é impossível time do interior capixaba sobreviver mais que 4 anos





Fachada do Municipal Antônio Osório Pereira





Essa camisa botava respeito









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