Nome : Santa Cruz Futebol Clube Fundação: 23 de outubro de 1928 Local: Bairro Santa Lúcia, Vitória Títulos : Turno Campeonato Capixaba Série B 1957 Vice Campeão Série B 1957 |
Escudo também é modelo oficial, utilizado pela escolinha do clube |
Escudo Anterior da equipe |
O Santa Cruz do Espírito Santo foi fundado em 1928 no Bairro Santa Lúcia em Vitória.
Por vários anos participou do Campeonato Suburbano e a Série B capixaba. Chegou perto de disputar a 1ª divisão algumas vezes mas a falta de poder financeiro sempre impedia a equipe de crescer mais, mesmo assim com muito empenho enfrentava as equipes com mais capacidade financeira, A.A Vale e Ferroviário formados por ferroviários da Companhia Vale do Rio Doce que os ajudava, Atlético e Santos de Vila Velha entre outros.
Sua sede em Santa Lúcia era usada para todo tipo de eventos, bailes de carnaval, festas de formatura, concursos de Miss entre outras atividades nos primeiros anos de existência do SCFC.
O Santa participou da Série B por pelo menos oito vezes, os anos 50 foram os melhores da equipe dentro de campo, tanto que disputou quase todas as séries B nos anos 40,50 de forma ininterrupta.
Entre estas participações o Santa Cruz carrega em sua história algo único, na segunda divisão de 1945 conseguiu o feito de derrotar o Centenário duas vezes no mesmo dia.
Antes da partida do returno as duas equipes disputaram 05 minutos referentes a partida do turno que foi paralisada antes do fim quando o placar era de 1x1. E não é que nestes 05 minutos o Santa Cruz fez um gol em venceu! O responsável pelo gol da vitória foi Egídio!
Já na partida do returno com tempo completo o Santa voltou a vencer, e com propriedade por 4x2, Mululo, Carlos, Julio e Egídio marcaram, enquanto que José Angelo e Getúlio marcaram para o Centenário. Santa Cruz foi a campo com Coca, Moacir, Hiltom, Julio, Tercio, Edson, Carlos, Levino (Nélio), Egidio, Mululo (Luiz Paulo) e José Alves (Nascimento). Ermenegildo Gave apitou a partida que acabou expulsando Egídio grande destaque do Santa Cruz com dois gols e Altamiro do Centenário.
A campanha da 1ª fase que credenciou o Santa a disputar as finais foi a seguinte.
Turno
Santa Cruz 2x1 Centenário
Santa Cruz 4x3 Jucutuquara
Santa Cruz 1x1 Recreio
Returno
Santa Cruz 4x2 Centenário
Santa Cruz 6x1 Jucutuquara
Santa Cruz 7x2 Recreio
os anos com maior destaque foram em 1956 e 57, onde a equipe brigou pelo título até as rodadas finais da competição. Em 57 foi o melhor ano sem dúvidas, na penúltima rodada da firmou-se na liderança da Zona Norte ao derrotar o Guarany por 4x2. A partida aconteceu no Estádio Governador Bley, João Zambelli auxiliado por Manoel Araujo e João Pereira comandaram a cancha. A primeira etapa não agradou os presentes no estádio da Avenida Albérico Torres, mas isto tem explicação, o motivo eram os temporais que assolaram a capital capixaba deixando o gramado totalmente encharcado. O Guarany foi quem inaugurou o placar com Artur aos 26 minutos. Na segunda etapa Caboclo deu lugar a Nélio no intervalo, Genézio treinador do Santa Cruz botou o time para frente com Gazolina, Nélio, Giginho, Tércio e Barrica no ataque, deu muito certo o esquema ofensivo, Tércio empatou, depois Gidinho deu show marcando 3 gols seguidos, aos 40 Jair contra descontou para o Guarany encerrando em 4x2 a partida, detalhe que um bom público acompanhou esta partida que colocava o Santa como maior favorito ao título.
Santa Cruz F.C : Edson, Jair, Çitinho, Julio, Aloísio, Moacir, Gazlina, Caboclo (Nélio), Gidinho, Tércio e Barrica.
Guarany E.C :Gildo, Fabio, Cláudio, Aroldo, Ailton, Milton (Altino), Gildo II, Wilson, Artur, Eudócio (Adalberto) e Manoel.
Por vários anos participou do Campeonato Suburbano e a Série B capixaba. Chegou perto de disputar a 1ª divisão algumas vezes mas a falta de poder financeiro sempre impedia a equipe de crescer mais, mesmo assim com muito empenho enfrentava as equipes com mais capacidade financeira, A.A Vale e Ferroviário formados por ferroviários da Companhia Vale do Rio Doce que os ajudava, Atlético e Santos de Vila Velha entre outros.
Sua sede em Santa Lúcia era usada para todo tipo de eventos, bailes de carnaval, festas de formatura, concursos de Miss entre outras atividades nos primeiros anos de existência do SCFC.
O Santa participou da Série B por pelo menos oito vezes, os anos 50 foram os melhores da equipe dentro de campo, tanto que disputou quase todas as séries B nos anos 40,50 de forma ininterrupta.
Campo do Santa Cruz fundado por Julio Henriques |
Entre estas participações o Santa Cruz carrega em sua história algo único, na segunda divisão de 1945 conseguiu o feito de derrotar o Centenário duas vezes no mesmo dia.
Antes da partida do returno as duas equipes disputaram 05 minutos referentes a partida do turno que foi paralisada antes do fim quando o placar era de 1x1. E não é que nestes 05 minutos o Santa Cruz fez um gol em venceu! O responsável pelo gol da vitória foi Egídio!
Já na partida do returno com tempo completo o Santa voltou a vencer, e com propriedade por 4x2, Mululo, Carlos, Julio e Egídio marcaram, enquanto que José Angelo e Getúlio marcaram para o Centenário. Santa Cruz foi a campo com Coca, Moacir, Hiltom, Julio, Tercio, Edson, Carlos, Levino (Nélio), Egidio, Mululo (Luiz Paulo) e José Alves (Nascimento). Ermenegildo Gave apitou a partida que acabou expulsando Egídio grande destaque do Santa Cruz com dois gols e Altamiro do Centenário.
A campanha da 1ª fase que credenciou o Santa a disputar as finais foi a seguinte.
Turno
Santa Cruz 2x1 Centenário
Santa Cruz 4x3 Jucutuquara
Santa Cruz 1x1 Recreio
Returno
Santa Cruz 4x2 Centenário
Santa Cruz 6x1 Jucutuquara
Santa Cruz 7x2 Recreio
os anos com maior destaque foram em 1956 e 57, onde a equipe brigou pelo título até as rodadas finais da competição. Em 57 foi o melhor ano sem dúvidas, na penúltima rodada da firmou-se na liderança da Zona Norte ao derrotar o Guarany por 4x2. A partida aconteceu no Estádio Governador Bley, João Zambelli auxiliado por Manoel Araujo e João Pereira comandaram a cancha. A primeira etapa não agradou os presentes no estádio da Avenida Albérico Torres, mas isto tem explicação, o motivo eram os temporais que assolaram a capital capixaba deixando o gramado totalmente encharcado. O Guarany foi quem inaugurou o placar com Artur aos 26 minutos. Na segunda etapa Caboclo deu lugar a Nélio no intervalo, Genézio treinador do Santa Cruz botou o time para frente com Gazolina, Nélio, Giginho, Tércio e Barrica no ataque, deu muito certo o esquema ofensivo, Tércio empatou, depois Gidinho deu show marcando 3 gols seguidos, aos 40 Jair contra descontou para o Guarany encerrando em 4x2 a partida, detalhe que um bom público acompanhou esta partida que colocava o Santa como maior favorito ao título.
Santa Cruz F.C : Edson, Jair, Çitinho, Julio, Aloísio, Moacir, Gazlina, Caboclo (Nélio), Gidinho, Tércio e Barrica.
Guarany E.C :Gildo, Fabio, Cláudio, Aroldo, Ailton, Milton (Altino), Gildo II, Wilson, Artur, Eudócio (Adalberto) e Manoel.
Equipe do Santa cruz que venceu o turno e venceria a competição de 1957 |
A partida que valeu o título aconteceu e 14 de janeiro de 1957, pela última o Santa Cruz encarou o Bangu na partida preliminar de Santo Antônio e Rio Branco que disputavam a Serie A, a partida contra o Bangu foi muito acirrada, o placar foi apertado vitória por apenas 2x1, Gidinho e Nélio marcaram os gols da vitória, o presidente Humberto Balbi que ficou mais de 16 anos a serviço do clube mesmo com a alegria do título não iludia os torcedores e sócios, e já afirmava que mesmo conquistando o título da Série B o clube não tinha pretensões de disputar a Série A de 58 deixando a vaga para alguém com mais poder econômico, Genesio treinador estava feliz com o título e satisfeito mesmo com o time rendendo a baixo do que podia segundo ele.
Santa Cruz F.C : Paulo (Édson), Aloísio, Litinho, Moacir, Zeli, Julio, Nélio, Caboclo, Giovani, Tercio e Barrica.
Bangu E.C : Rubens(Antônio), Pedro, Pedro Germano, Milton, Zaprogno, Reinaldo (Elozinho), Almir, Genovite, Clovis, Luiz Carlos e Adalberto.
A prova do título incontestável |
A baixo a avaliação dos campeões nesta partida feita pelo Jornal Folha Capixaba.
Paulo - Não comprometeu em nenhum lance. Contundindo-se cedeu lugar para Edson que esteve bem melhor.
Aloísio - Confirmou as suas boas atuações dos jogos anteriores. Excelente marcador e muito espírito de luta.
Litinho - Desempenhou bem a missão.
Moacir - Foi um grande elemento em campo. Folego e categoria s serviço da equipe. Esteve incansável durante o tempo.
Julinho - Só na etapa final conseguiu firmar-se no terreno, constituindo-se então numa das figuras principais da equipe santa cruzense.
Nélio - O elemento lutador de sempre, marcando o gol que garantiu a vitória santa cruzense.
Geovani - Não esteve bem o meia direita do clube de Santa Lúcia. Além de estar numa noite infeliz foi expulso de campo.
Gidinho - O melhor jogador da cancha, dominando sempre o seu marcador. Conquistou o 1º gol batendo toda a defesa banguense.
Tercio - Outro grande elemento. Embora veterano na equipe, nota-se o seu esforço, sua qualidade.
Barrica - Apenas esforçado. Perdeu a oportunidade de conquistar o terceiro tento da noite.
pelo brilhante feito o Santa Cruz a diretoria do clube resolveu que a festa se prolongue até amanhã. Assim sendo na parte da tarde a sede do querido suburbano, haverá uma grandiosa festa, com bebidas e etc. E culminará com um grandioso baile à noite.
Dias depois as duas equipes voltariam a se enfrentar valendo troféu, desta vez a pugna foi válida pela Taça Dilio Penedo em comemoração aos 14 anos de fundação do Atlético, a partida correu no 3º Batalhão de Caçadores em Vila Velha e com gol de Tunico que havia substituído Gidinho o Santa venceu e se sentiu vingado. O Santa foi a campo com Edson, Luiz. Moacir, Caboco, Jorge, Julinho, Nélio (Geovani), Tercio, Tunico, Gazolina (Betinho) e Barrica.
Mais tarde o Santa Cruz enfrentou o forte Santo Antônio forte esquadrão da primeira divisão, o Santo Antônio havia prometido uma pugna com o Santa e cumpriu os enfrentando no Estádio Governador Bley, Arli Silva auxiliado por Benedito Vieira e Ermenegildo Gave dirigiram a partida. O Santa Cruz recebeu a renda de Cr$ 4.540,00 pelo amistoso entre por Rubens Gomes dirigente antonino que foi homenageado com seu nome no Estádio do Santo Antônio anos depois.
Santo Antônio foi a campo com Etiene., Tião, Zé Português, Leitão, Nélio, Smate, Carlços Alberto, Antîo Português, Zé Carlos, Zezé e Vasconcelos (Alcir).
Já o Santa Cruz foi a campo com Edson, Caboco, Jorge, Julinho, Tércio, Moacir (Aluizio), Joaes, Geovani (Gidinho), Lecinho (Barrica) e Castelo (Nélio).
Com o passar dos anos e o crescimento urbano os campos de futebol espalhados pela capital foram diminuindo em com isso os times também, o Santa Cruz acabou perdendo espaço no futebol e nas décadas seguintes as que teve sucesso parou de disputar as competições que antes jogava, muitos time foram extintos nesse período pós anos 60 aqui no Espírito Santo.
Até hoje o Campo do Santa Cruz existe, localizado no Bairro Santa Lúcia atualmente pertence a União devido uma dívida por não pagamento de 650 mil entre 2004 e 2009, referentes a taxa de Marinha, com isso a Superintendência de Patrimônio da União no Espírito Santo (SPU-ES) se apropriou do local.
A Prefeitura de Vitória interviu na ação judicial em favor do Santa Cruz Futebol Clube, como assistente na reintegração de posse, impetrada pela a União. O processo iniciou em abril de 2015 mas não tem prazo para a decisão com isso cerca de 150 crianças ficam sem ter onde pois o Campo do Santa Cruz é utilizado pela escolinha do Santa Cruz e do CTCE (Centro de Treinamento Cosme Eduardo, ex-jogador e treinador capixaba).
Mais tarde o Santa Cruz enfrentou o forte Santo Antônio forte esquadrão da primeira divisão, o Santo Antônio havia prometido uma pugna com o Santa e cumpriu os enfrentando no Estádio Governador Bley, Arli Silva auxiliado por Benedito Vieira e Ermenegildo Gave dirigiram a partida. O Santa Cruz recebeu a renda de Cr$ 4.540,00 pelo amistoso entre por Rubens Gomes dirigente antonino que foi homenageado com seu nome no Estádio do Santo Antônio anos depois.
Santo Antônio foi a campo com Etiene., Tião, Zé Português, Leitão, Nélio, Smate, Carlços Alberto, Antîo Português, Zé Carlos, Zezé e Vasconcelos (Alcir).
Já o Santa Cruz foi a campo com Edson, Caboco, Jorge, Julinho, Tércio, Moacir (Aluizio), Joaes, Geovani (Gidinho), Lecinho (Barrica) e Castelo (Nélio).
Data correta é 23 não dia 22 |
Com o passar dos anos e o crescimento urbano os campos de futebol espalhados pela capital foram diminuindo em com isso os times também, o Santa Cruz acabou perdendo espaço no futebol e nas décadas seguintes as que teve sucesso parou de disputar as competições que antes jogava, muitos time foram extintos nesse período pós anos 60 aqui no Espírito Santo.
Até hoje o Campo do Santa Cruz existe, localizado no Bairro Santa Lúcia atualmente pertence a União devido uma dívida por não pagamento de 650 mil entre 2004 e 2009, referentes a taxa de Marinha, com isso a Superintendência de Patrimônio da União no Espírito Santo (SPU-ES) se apropriou do local.
A Prefeitura de Vitória interviu na ação judicial em favor do Santa Cruz Futebol Clube, como assistente na reintegração de posse, impetrada pela a União. O processo iniciou em abril de 2015 mas não tem prazo para a decisão com isso cerca de 150 crianças ficam sem ter onde pois o Campo do Santa Cruz é utilizado pela escolinha do Santa Cruz e do CTCE (Centro de Treinamento Cosme Eduardo, ex-jogador e treinador capixaba).
Em 2015 os moradores do bairro tiveram um grande susto, um incêndio tomou conta o seco gramado do Campo. Foi controlado sem feridos ou mais problemas. |
Abraço simbólico dos moradores de Santa Lúcia no Campo do Santa Cruz em 2014, revoltados e preocupados em perder a única área de lazer do Bairro. |
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